sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Folha de S.Paulo - 86% dos internautas no Brasil buscam informações de saúde - 05/01/2011

Mais do que nunca os profissionais da saúde devem estar preparados para analisar níveis de evidência, qualidade de informação em saúde e melhorar as estratégias de comunicação com seus pacientes. Leia a reportagem na íntegra clicando na imagem. Se não for assinante do UOL use o link “leia a notícia completa” logo abaixo.
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Mais de 80% dos brasileiros usam a internet para buscar informações sobre saúde, remédios e condições médicas. É o que revela uma pesquisa divulgada ontem, encomendada pela seguradora de saúde Bupa ao instituto Ipsos e à London School of Economics.O estudo ouviu 12.262 pessoas em 12 países: Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha, Reino Unido, EUA, além do Brasil. Foram entrevistados 1.005 brasileiros em amostra representativa da população de até 50 anos.Na lista de lugares onde os internautas mais pesquisam sobre saúde, o Brasil ficou em quinto lugar. Os campeões de buscas sobre o assunto são os russos. Os franceses são os que menos se interessam pelo tema na rede.Entre os brasileiros, 68% fazem consultas sobre medicamentos, 45% sobre hospitais e 41% querem conhecer experiências de outros pacientes. Mas só um quarto das pessoas se certifica de que a fonte das informações é confiável.
O clínico-geral Paulo Olzon, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que confiar em informações duvidosas pode levar a tratamentos de risco e que o amplo acesso à rede muitas vezes dificulta o trabalho dos médicos. "A internet é um espaço aberto para pacientes que procuram terapias escabrosas. É muito complicado atender aqueles que acreditam em tudo o que leem. Os pacientes precisam de uma certa crítica em relação às informações da rede."O médico explica ainda que é trabalhoso desmistificar algumas informações acessadas pelos pacientes e levadas às consultas."Já pensei em criar um site com informações confiáveis para ser referência, mas é complicado. Ou você cai numa linguagem científica que o leigo pouco entende ou cai em informações que são mal entendidas. Não conheço site que seja confiável."
Os resultados do estudo mostram que a maioria das pessoas gostaria de ter acesso a serviços na internet: 57% querem renovar suas prescrições de tratamentos pela rede, 55% gostariam de marcar consultas pela internet e 54% querem acessar resultados de exames on-line.